03 setembro 2015

★ Seja extremista praticando respeito ★


Não costumo falar muito diretamente com meus leitores, porém hoje é uma exceção, estou sem escrever a muito tempo, mas hoje eu precisei, talvez vocês me odeiem depois desse texto, talvez vocês concordem comigo, contudo não mudarão minha opinião. Existe uma página no Facebook de vestibulandos, que talvez muitos(as) de vocês conheçam, o famoso PréVestDaDepre, ultimamente ando mais presente e participo mais das discussões, e muitas delas me fizeram ficar preocupada com o modo que minha geração pensa a respeito de alguns assuntos, começando com um dos mais abordados, O Feminismo, vamos lá então, o Feminismo - é um movimento liderado por mulheres, que pregam a igualdade de gêneros, nos direitos e deveres, pregam a dessexualização do corpo da mulher e a liberdade de ambos os gêneros. E o que o Feminismo prega é realmente lindo e essencial, no entanto algumas meninas tornaram o movimento em algo violento em prol do endeuzamento e da supremacia feminina. O que eu mais vejo hoje em dia, são meninas fazendo discurso de ódio na internet, ja vi meninas dizerem "cada menina pratica o feminismo da maneira que acha que é correto, CADA MENINA FAZ SEU FEMINISMO", e isso é apenas o começo, lembro bem que quando me opus ao extremismo de algumas meninas, me dizerem que eu era ignorante e não conhecia o movimento, nem o que ele pregava, que era pra eu ler um pouco e que depois voltasse, me disseram que eu reproduzia o machismo e que eu abrisse mão dos meus direito como mulher. Isso tudo apenas porque não concordei com esse extremismo praticado por elas. Mas cada menina não "faz seu próprio feminismo"?! Onde eu entro com os meus ideais? Infelizmente nesse grupo em lugar nenhum, pois qualquer opinião que qualquer um dê, só é considerada se for a favor da maioria, caso o contrario, você é alguém a ser desprezado e tratado com desdém. 
Refletindo um pouco, se o feminismo prega igualdade de gêneros, os homens deveriam opinar no movimento também, não criticando, mas falar algo do tipo "creio que ação tal deveria ser repensada", não faria mal a ninguém, muito menos derrubaria um movimento, opinar não é tentar acabar com um movimento, é apenas algo a ser refletido, mas não é assim que funciona, quando qualquer Homem se opõe ao movimento a resposta SEMPRE é "Você é homem, você não deve opinar num movimento que não é seu, você tem que abaixar a sua cabeça e ficar calado, se o movimento não é seu, você não tem que dar pitaco" Guardem essa frase na cabeça de vocês, ela é muito usada como argumento em qualquer que seja o assunto (racismo, lgbt...) e está errada. Se existe um movimento em prol de algo, quanto mais "seguidores", maiores são as chances dele dar certo. Porém, sua opinião  só é valida quando é para apoiar, mesmo se o movimento estiver indo para um rumo errado, seu aviso/conselho/"pitaco" só serve se for a favor. Além disso se uma mulher se opõe aos extremismos praticados, ela é taxada de ignorante ou machista (mas se você chamar qualquer extremista de machista, ela diz que isso não existe)
E meus caros leitores com a perspectiva dessas ladies medievais não importa o que elas façam, sempre será justificado como "ela provavelmente deve ter tido um motivo para ter tomado essa ação", o que me lembra muito Maquiavel com "Os fins justificam os meios". 
Essas feministas extremistas também não atacam somente a homens, elas atacam a igreja também. Tudo bem, eu respeito a ideia que a Igreja não é 100% correta no que faz, sua ideologia é antiga  e um tanto quanto preconceituosa e duvidosa em diversos aspectos, mesmo assim, deve ser respeitada em geral, e não  digo que temos que baixar a cabeça e aceitar, mas temos que entender que ela também prega amor,  cada religião com seu modo, não apenas ódio, enfim...  Em 2013 tivemos um caso (clique) onde uma feminista Ucraniana, com os seios a mostra entrou em uma igreja (católica, eu acho), e protestou contra a oposição com relação ao aborto, como? colocando um figado no altar (representando um feto) e urinando no altar. E sim, NESSE GRUPO e provavelmente em outros lugares, esse ato foi aceito por muitas feministas e inclusive meninos. Menino o mesmo que escreveu "Ninguém é obrigado a respeitar religião, inclusive, por que religião é um meio de alienação de massa, que não liberta nem emancipa, que apenas repreende.
Não vou respeitar sua religião nem o seu "eu religioso", e ninguém é obrigado a isso, mas sim, é uma "obrigação " do ser humano respeitar outro ser humano." Você  pode concordar com a ação dessa menina, mas uma coisa você tem que entender (no mínimo), se você é contra o que uma religião prega, você simplesmente não a siga. É simples, INTOLERÂNCA RELIGIOSA É CRIME, seja ela qual for.
 Quem participa do grupo, sabe que nele estão pessoas de varias culturas e entre elas, há uma mulher que pratica o islamismo, porém vive no Brasil, numas das discussões, ela falava que ao dizer a sua comunidade que tinha a vontade de ler o livro de Malala Yousafzai ( mulher do Paquistão  que luta pelos direitos humanos em defesa das mulheres do seu país). A disseram que Malala era uma puta e que não sabia o que dizia. A partir daí a discussão do grupo passou a se focar na moça do Islã e no porque ela deveria abandonar sua comunidade, sua cultura, tudo que ela foi ensinada e abraçar o feminismo. Como se fosse a coisa mais simples, fácil e natural do mundo ela abandonar os costumes dela de usar burca, sair de casa e sair atras das revoluções da vida. Disseram que o Islã era um estado violento, machista, onde a mulher sofria. (Convenhamos, existem muitas coisas absurdas no Islã, mas a mulher não estava e nem está sofrendo com nada disso, um tanto com
o machismo, mas com violência física não, está feliz, não quer mudar de vida e ama o marido) tratando a moça como se ela fosse um cachorrinho maltratado e abandonado, até que ela se sentiu ofendida com aquilo tudo e todo mundo resolveu usar a hipocrisia e dizer q "se ela estava feliz, tudo bem, que a cultura dela era muito rica e a intenção nunca foi ofender" pasmem, até quando estão errados, querem estar certos.
Com relação ao Racismo ou a luta LGBT, você só pode falar sobre opressão, se sentir atingido, sobre o que é/foi preconceito, se você for negro/gay, não basta  você ser humano e saber o que é certo ou errado, você precisa ser negro/gay, porque só assim você vai saber o que é ser oprimido. Isso simplesmente não faz sentido pra mim. Eu sei muito bem o que é opressão e o que não é. Hoje em dia as coisas estão tão radicalizadas que não existe mais a possibilidade de você chamar seu amigo negro, de neguinho, numa zoação entre você ele, porque tem sempre alguém pra se ofender diante de algo que não entende e não foi chamado, é exatamente aquilo de sentir as dores (QUE NÃO EXISTEM) do outro e problematizar uma situação comum, e pasmem de novo, numa brincadeira dessas entre dois amigos meus, quesão  amigos a ANOS, a ponto de se considerarem irmãos (um branco, q era chamado de "branco de merda" e um negro "neguinho") uma jovem cidadã negra e feminista extremista se ofendeu e quase levou tudo pra justiça. 
Pra finalizar esse grande texto, vamos falar sobre o Deboísmo, o novo movimento que é 100% da paz, mas que  os heróis extremistas (entendam como homens e mulheres) transformaram no pior dos vilões, mas vamos lá. O Deboísmo é um movimento falho para acabar com as tretas, porque só causou mais, porém ele prega que não haja confusões, que as pessoas discutam em paz, sabendo respeitar as opiniões alheias e os limites de onde se deve ir, sem perder a calma ou a razão, basicamente isso. Mas os heróis extremistas, espalham por ai que o deboísmo prega que você, desculpem o termo, mas "ligue o foda-se" pra tudo e feche os olhos para os preconceitos, opressões, e qualquer outra coisa q não deva ser deixada de lado, basicamente se cale para o opressor. De onde eles tiraram isso eu não sei, mas a desculpa que sempre vem é  somos ignorantes e "não conhecemos o movimento"
 Enfim aprendam, não se consegue acabar a violência com violência, respeito a opinião dos outros é essencial para uma sociedade conviver em paz, mas estamos muito longe dessa realidade, pois as pessoas que deveriam pregar igualdade, praticar o respeito, e fazer valer o movimento, são as mesmas que apenas EXIGEM  o respeito, mas não o praticam.

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